“Mas ninguém entenderia. Então guardei pra mim...”

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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Ela acostumou-se a ser poesia, a enxergar poemas, a extrair delicadezas, a desejar gentilezas. E acabou calculando errado. Na sua mente tão congestionada, permitiu que ele, tão frio e errado, ali fizesse morada. Dentro do seu coração generoso, não cabiam dúvidas e divagações. E por isso ela insistia em ver nele versos que ele nunca soube ler. Ela teimava em ouvir dele poemas que ele nunca quis recitar. Ela esperava dele danças que ele nunca ousou convida-la para dançar. Ela dançava sozinha, escutando em seu ouvido canções que ela jurava que ele havia composto para eles, mas era tudo fruto de sua imaginação, de seu encanto pela vida, de sua alma colecionadora de ilusões.

Autor desconhecido

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